SAE BRASIL AERODESIGN
Fundada em 1905 nos EUA, a SAE International (Society of Automotive Engineers) é uma entidade ligada à engenharia da mobilidade que reúne, atualmente, mais de 70.000 associados entre engenheiros, técnicos, estudantes e executivos, em mais de 90 países. Tendo em mente o constante desenvolvimento da indústria aeronáutica, é essencial a formação de engenheiros cada vez mais capacitados para lidar com problemas tanto nos diversos níveis de projeto (trabalho em equipe, concepção de soluções, aprimoramento, viabilização e construção) quanto na aplicação de ideias inovadoras.
A SAE, visando a melhor formação dos futuros engenheiros, criou em 1986, nos Estados Unidos, um evento extracurricular voltado exclusivamente aos estudantes de graduação: a competição SAE Aerodesign. Em 1991 é fundada a SAE Brasil, filiada à SAE International. Oito anos depois, decidiu-se lançar a versão nacional da competição, a qual é classificatória para o evento internacional. Em agosto de 1999, uma vez concretizados os planos, foi realizada a I Competição SAE Brasil de Aerodesign. Até 2003, havia na competição brasileira apenas a classe regular, quando então foi criada a classe aberta, e desde essa data as duas melhores equipes da classe regular e a melhor da classe aberta ganham o direito de participar da competição americana.
As equipes participantes – constituídas basicamente por alunos de graduação – devem conceber, projetar, construir e testar um avião cargueiro rádio controlado, dentro das regras e limitações pré-estabelecidas para sua categoria, sem que haja a interferência de profissionais da indústria ou quaisquer outros especialistas externos à equipe. A competição é dividida em duas partes: projeto e vôo. Na competição de projeto, as equipes devem apresentar os seus projetos, e demonstrar a precisão de seus cálculos em determinar a carga máxima que o avião pode carregar. Já a competição de vôo avalia na prática as qualidades do avião.
Os projetos são julgados através de diversos critérios, entre eles: Preparação dos relatórios; Plantas; Apresentação oral; Acuracidade na previsão do peso carregado. Já nos voos, a qualidade do projeto é posta à prova, e cada equipe recebe uma pontuação de voo, dependente sobretudo da carga carregada e da leveza da aeronave.
CLASSE REGULAR
É a principal classe da competição e existe desde 1999, quando a competição foi fundada. Em 2019, 55 equipes participaram desta classe, incluindo uma equipe do México e outra da Venezuela. As aeronaves da classe regular têm como objetivo carregar a maior massa de carga paga possível dentro das restrições impostas pelo regulamento. A pontuação de cada equipe é uma função da carga paga máxima carregada pela aeronave, da qualidade do relatório técnico apresentado, da precisão em prever o peso vazio da aeronave (projeção de peso em projeto vs. peso da aeronave construída) e da precisão da equipe em prever a carga que a aeronave é capaz de carregar (“acuracidade”). Também são dadas bonificações referentes ao tempo de retirada de carga, à distância de pouso até parada e à confiabilidade da aeronave, mensurada através da capacidade da mesma de realizar multiplos voo com carga paga elevada.
A principal restrição para a 22ª competição é dimensional. A soma do comprimento e da envergadura da aeronave deve ser igual ou inferior à 3.2 metros. Já quanto a motorização, existem duas possibilidades: motor a combustão ou motor elétrico. Os motores a combustão permitidos são listados pela comissão organizadora. Já os motores elétricos devem ter sua potência limitada a 700 Watts. Além disso, a aeronave com carga não deve ultrapassar o limite de 20 kg.
CLASSE MICRO
A classe micro tem como caracteristica suas aeronaves menores e seus motores elétricos. Com atualmente 23 equipes, tem como principal objetivos a projeção e construção de aviões desmontaveis de modo a caber dentro de uma caixa de volume interno de no máximo definido, que na 22ª competição foi definida como 0,036m³. Também conta com as missões de carga LAPES (Low Altitude Parachute Extraction System): o peso transportado que vai ser extraído da aeronave por meio de um paraquedas extrator durante o voo e da carga paga fixa que é o peso transportado pelo avião e que não será extraído em voo.
Sua pontuação é dada pela função da carga paga máxima carregada pela aeronave, da qualidade do relatório técnico apresentado, da precisão em prever o peso vazio da aeronave (projeção de peso em projeto vs. peso da aeronave construída) e da equipe em prever o tempo de desmontagem da aeronave (“acuracidade”). Já sua bonificação é calculada a partir o tempo de retirada da carga paga fixa e confiabilidade da aeronave
CLASSE TORNEIO DE ACESSO
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